Paula de Isabel Allende

"Tendo a sua génese numa terrível experiência privada da autora, a morte de uma filha, 'Paula' é provavelmente o livro mais sofrido e imediato de Isabel Allende, encontrando-se mais próximo da identidade fragmentada do diário e da narrativa oral do que da arquitectura elaborada do romance. Nesta obra, Isabel não inventa nada, nem sequer transfigura, como habitualmente faz de modo exímio, os factos reais da sua vivência ou da sua família: nesta obra, à crónica seca, plena de dor interiorizada, da doença, do coma e da morte de sua filha Paula - uma rapariga de 28 anos, feliz, apaixonada pelo marido e pelo trabalho - funde-se a narração de uma 'lenda familiar' que a mãe faz à filha durante o longo coma desta; 'assim', diz, 'quando despertares não te sentirás tão perdida'." (Nº de páginas: 350)

Terminei ontem finalmente este livro. É o 2º livro que leio da Isabel Allende e gostei, gosto da escrita dela. É um livro triste, é quase um diário escrito pela mãe para a filha ler, supostamente quando saísse do estado em que estava... Paula sofre de uma doença de nome porfíria. Isabel recorda coisas passadas, acerca da vida, da situação política no Chile, enfim, de tudo um pouco.

«Silêncio antes de nascer, silêncio depois da morte, a vida é um mero ruído entre dois insondáveis silêncios.»

Espero poder ler mais livros desta escritora. Esta semana devo começar um livro chamado "O Vendedor de Passados" de José Eduardo Agualusa. ***